21 de jan. de 2013

Yawgmoth, o mais temível vilão da história do Magic!


O Pai das Máquinas. O Inefável. O Lorde das Trevas. O Oculto. O Senhor dos Ermos. Todos esses nomes se referem ao mesmo personagem, um dos mais fortes da história se não o mais forte, chamado Yawgmoth.
Uns acreditam que ele é um Monstro capaz de inflamar campos com o ollhar, outros que ele é um Senhor com poderes imensuráveis mas para ele apenas uma palavra o define: deus.

Yawgmoth nasceu como um mero mortal durante o reinado dos Thran, o mais avançado povo de Dominária. Por volta de 2000 a 5000 anos antes do nascimento do planinauta Urza (esse que nomeia o Blog), Yawgmoth devotou sua vida à medicina e à arte da cura. Ele acreditava que o corpo humano era um intrigado construto orgânico e que cada doença ou defeito físico era causado por bactérias ou vírus, e não por espíritos malignos. Entretanto, sua genialidade veio junto de uma insaciável sede por poder e da crença de que ele sozinho deveria conquistar tudo.

As ideias de cura de Yawgmoth eram tão revolucionárias que o levaram a ser exilado pelo Império Thran. A decisão do império era irrevogável e o seu destino estava traçado. Após seu exílio, Yawgmoth vagou por diferentes reinos levando a desgraça onde quer que fosse. Dentre os povos que provaram do seu poder estavam os anões, elfos, minotauros, gatos guerreiros, viashinos e humanos.

Mas isto foi apenas o começo. Sua vingança contra os Thran era tudo o que importava. Chegaram aos ouvidos de Yawgmoth de que o gênio Glacian, um dos culpados por seu exílio, estava morrendo devido a uma doença que nenhum curandeiro pôde identificar. Yawgmoth percebeu que seu banimento seria revogado se ele descobrisse a causa da doença e a curasse. Ele sorriu e dirigiu-se para a metrópole Thran de Halcyon.

Yawgmoth fora recebido por Rebbec, arquiteta chefe e esposa do doente inventor. Halcyon não era apenas uma próspera metrópole. A cidade inteira era energizada por uma revolucionária invenção conhecida como powerstones (pedras do poder). Estas powerstones, uma vez carregadas, permaneciam eternamente funcionando.

Para Yawgmoth, encontrar a cura não significava salvar a vida de Glacian, mas sim dominar o império. Ele sairia como um ancião, um monarca, uma divindade.

O revolucionário maldito que havia atacado Glacian havia feito isso com uma powerstone falha, construída imperfeitamente por suas mãos pouco capazes. Ele fora resgatado da Caverna dos Condenados e trazido para a enfermaria junto de Glacian, a mando de Yawgmoth. Meses depois ele conseguiu decifrar a causa da doença. Phthisis, como ele a chamava, era causada pelo contato direto com as powerstones. Com o tempo, as perigosas radiações das powerstones enfraqueciam o sistema imunológico humano, levando à mortal doença de que padecia Glacian e outros por todo o império. Yawgmoth compartilhou essa revelação com Rebbec, Glacian e Gix, que também estava infectado.



Rebbec estava temerosa. Glacian era só acusações. Yawgmoth estava enraivecido. Gix simplesmente gargalhou e tempo depois fugiu, furioso. Yawgmoth e Rebbec compartilharam suas descobertas com o conselho legislativo de Halcyon. Glacian sugeriu que uma votação fosse feita para decidir sobre um novo exílio para Yawgmoth.

Yawgmoth permaneceu calmo. Ele requisitou um grupo de curandeiros e estudantes para o estudo da phthisis. Os Thran votaram e Yawgmoth conseguiu o que requisitava. Mas não foi tão fácil assim, pois se a pesquisa de Yawgmoth não mostrasse resultados, ele seria banido novamente. Dias depois os curandeiros de Yawgmoth haviam desenvolvido um possível tratamento para a doença. Mesmo que o tratamento não curasse a phthisis, ele ao menos prevenia que ela se espalhasse. Mas essa pesquisa teria que esperar.

Uma rebelião havia começado. Gix havia retornado com uma horda dos Malditos, todos jurando destruir Halcyon por seus crimes contra eles. Os guardas de Halcyon tentaram conter os Malditos com pouco sucesso. Yawgmoth encarou isso como uma oportunidade velada. Ele capturou um rebelde para testar se o novo tratamento iria funcionar. Os curandeiros ficaram surpresos com os resultados. O tratamento não apenas parou a doença, mas também começou a revertê-la. O rebelde capturado não havia sido curado, mas ele estava em condições melhores. Entretanto, o enfermo não teve oportunidade de agradecer Yawgmoth. A futura divindade o assassinou logo após o tratamento ser administrado.

Yawgmoth pegou uma liteira voadora e foi ao Templo Thran, onde encontrou  Gix e seus fiéis rebeldes. Yawgmoth prometeu a Gix o tratamento se ele parasse o ataque. Após Gix injetar o soro em si mesmo e perceber os resultados favoráveis, ele concordou com a barganha de Yawgmoth.



Yawgmoth foi imediatamente elevado à posição de herói local. Ele havia encontrado o tratamento para a doença que estava arruinando os Thran. Ele havia parado a rebelião dos Malditos. E trabalhou para encontrar a cura não apenas para a população Thran, mas também para os, um dia odiados, Malditos. A cidade inteira o acolheu em seus corações. Ele iria se banquetear com esses corações, um por um. O tratamento estava sendo administrado para todos os enfermos, tanto Thran quanto Malditos.

Glacian, que já estava severamente deteriorado pela doença, mal era afetado pelo tratamento. A doença havia começado a afetar a mente de Glacian, para a tristeza de sua mulher. Rebbec era cada vez mais repelida por seu amado e empurrada para os braços de Yawgmoth. Porém nos anos que se passaram Yawgmoth não foi capaz (provavelmente não quis) de encontrar a cura. O tratamento administrado aos enfermos se tornava cada vez mais ineficaz. A maioria dos curandeiros da cidade estava sob o controle de Yawgmoth que não se importava mais com a doença.

Durante uma refeição noturna com Rebbec, o arrasado Glacian confrontou Yawgmoth. A mente de Glacian parecia estar dividida ao meio, parcialmente devido à phthisis, parcialmente devido à sua própria genialidade. Ele revelou seus planos de abrir portais para novos mundos, mundos infinitos que estavam dormentes dentro de cada powerstone carregada. A ideia podia ser insana, mas, ao mesmo tempo, parecia completamente plausível.

Yawgmoth teve pouco tempo para entender o significado dessa descoberta antes de Glacian o interromper com a repetição de suas ideias, sem perceber que já havia manifestado-as. Rebbec ficava cada vez mais preocupada com a saúde de seu marido e Yawgmoth ficava cada vez mais preocupado com Rebbec. No entanto, meses mais tarde, Rebbec se sentia pronta para entregar-se voluntariamente para Yawgmoth. Mas o jogo estava terminando rápido demais. A única preocupação genuína que Yawgmoth tinha era com si próprio.

Um dia, tudo mudou. Yawgmoth começou sua longa viagem, saindo de seu estado mortal para o de uma divindade. Ao inspecionar a forma doente de Glacian, Yawgmoth percebeu que uma espécie de feiticeiro estava visitando o gênio. Yawgmoth encontrou uma mulher com imenso poder conversando com o enfermo Glacian. Essa mulher, Dyfed, declarou abertamente ser uma planinauta, alguém que podia manejar a magia como se fosse um deus.

Yawgmoth não acreditou, para aborrecimento de Dyfed. A deusa levou Yawgmoth para o distante plano de Phyrexia para mostrar a ele que falava a verdade. As coisas não podiam estar melhores para Yawgmoth. Ele havia conseguido a lealdade de uma cidade inteira. Logo, ele buscaria controle sobre toda a existência...

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